OS TESOUROS DE UM GEEK



O modo geek de ser inevitavelmente inclui colecionar itens relacionados à suas coisas favoritas. Mas o que um geek coleciona?

O figura
O bem-humorado juazeirense Daniel Bahia Souto tem 24 anos e é estudante de Artes Visuais. Suas coleções atuais incluem variados itens  de Pokémon, figuras articuladas de personagens de mídias diversas, filmes em DVD e Blu-ray (especialmente da Disney, sua paixão de criança), jogos para Nintendo Wii-U e 3DS  e livros do autor Rick Riordan (criador do personagem Percy Jackson e seus derivados). A sua última aquisição foram os Nendoroids, figuras simpáticas em formato SD (Super Deformed).
A primeira “coleção” de Daniel foi de artigos da Disney, enquanto era bem pequeno: VHS, pelúcias, roupas, toalhas, cobertas... Mas ele diz que até então não se percebia como colecionador, e que só levou a coisa à sério mais tardiamente, ao 18. “Antes era tudo muito aleatório, parecia mais uma acumulação do que uma coleção. Com o tempo eu fui refinando isso”, afirma.
Nintendista de carteirinha
Quanto à motivação, Daniel é enfático: “sem dúvida, é pela a satisfação pessoal! A sensação de possuir algo que te remete a algo que você gosta é incrível, é como se você pudesse ter um pedacinho daquela pessoa ou personagem perto de você. Teve um professor meu que disse que isso é fetichismo!” [risos].
Pergunto a ele o quão caro sai esse hobby. “Como eu coleciono figuras articuladas e coisas do gênero que não vendem no Brasil, sim, acaba sendo um hobby caro ainda mais para um estudante de artes”. Para custear suas coleções, Daniel trabalha com personalização e vende na internet bonecas de linhas colecionáveis, como as Monster High.
Como as revendas nacionais são raras e, segundo Daniel, vendem a preços bem maiores, uma solução são as compras internacionais, mas ainda há desvantagens. Ele enumera que as piores são a alta tributação e a demora da alfândega em liberar as encomendas, e o desserviço dos Correios, que o colecionador denuncia, não tem muito zelo com os pacotes de entrega, além de atrasar bastante.
Todos capturados!
Infelizmente, colecionar esses artigos desperta estranheza e até repúdio de gente “comum”. O colecionador comenta que algumas pessoas consideram gastar tanto dinheiro em um “bonequinho” é um desperdício, e que ele deveria investir melhor o dinheiro. Daniel rebate, pois várias dessas peças valorizam com o tempo e raridade, logo, seriam sim um investimento.
Aquele filme da música chiclete
Mas a recepção do hobby tende a ser positiva, como Daniel esclarece: “com minha família é tranquilo, eles sabem valorizar as peças, até percebem as diferenças entre produtos colecionáveis e populares e conseguem julgar o acabamento, e assim acabam me incentivando a continuar! Quanto aos meus amigos, acham super f***, e até querem as coisa pra eles!”.
As imagens são do arquivo do Instagram do entrevistado.

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