SER SERIADOR OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO!




As séries de TV são um produto midiático que arrasta há muitos anos, uma legião de seriadores, ou viciados por séries  (como preferir). Desde que o formato apareceu na TV Aberta, passou a ser o carro-chefe da programação de várias Emissoras. No final dos anos 80, e início dos anos 90, os enlatados japoneses tomavam conta das tardes infantis na Rede Manchete: Jaspion, Changeman, Black Kamen Rider, Jiban, Jiraya, entre outros, faziam as crianças não desgrudarem os olhos da telinha.

Outro nicho pretendido era o público adulto. E o sucesso do formato veio através das séries oitentistas, A gata e o Rato, Jeannie é um Gênio, Alf o ETeimoso, Profissão Perigo (com o célebre MacGyver)  e a brasileira Armação Ilimitada (dos ilários Juba e Lula).


"Não tenho como negar...sou uma seriadora", diz Tázia
Nos anos 90 a TV Aberta dividiu espaço com a expansão da TV a Cabo, e o público começou a descobrir os sucessos americanos Friends, Plantão Médico, Beverly Hills, Um maluco no pedaço, Blossom, Arquivo X, Seinfeld, entre outras. Mesmo sendo ainda criança, a professora Tázia Lima, 35, se lembra bem dessa época, “existia um horário específico na TV chamado Sessão Aventura, onde a emissora transmitia séries internacionais de segunda à sexta. Meu vício começou aí, vendo "Profissão Perigo", "Anjos da Lei", "A Gata e o Rato" e "A Bela e a Fera". Essas marcaram o início, minha infância. Mais tarde, a mesma emissora transmitiu a épica LOST, eu não perdi um dia sequer. Foi aí que retomei a paixão de infância e não parei mais”, recorda.



Akemi não gosta de chamar de vício seu gosto por séries


Desse modo, podemos observar que os apaixonados por séries, atravessaram as gerações. Porém o grande boom do formato, se deu nesta década, já que o avanço da tecnologia facilita o acesso às produções estrangeiras. É o que pontua a estudante de Jornalismo, Maria Akemi Yamakawa, 22, que mesmo não se considerando uma seriadora, acompanha atualmente 12 séries pela internet: “Não sou viciada em séries, aliás, “viciada” é uma palavra que não condiz muito comigo. Eu assisto uma série, se gostar, continuo acompanhando. Mas se ela me decepcionar, não penso duas vezes em largá-la pelo meio do caminho. Recentemente estou acompanhando Castle, Ray Donovan, Masters of Sex, The Leftovers, Downton Abbey, Turn, Black Mirror, The Walking Dead, House of Cards, Sherlock, 2 Broke Girls e The Newsroom, disse.


 

Gildenilson tem até um app para gerenciar seus episódios.


Há aqueles que assumem o vício sem nenhum pudor, como é o caso do estudante de Computação, Gildenilson Silveira, 20, “me considero viciado até demais. Acompanho cerca de 35 séries atualmente (#AlôVidaSocial). Minha favoritas, no momento são Arrow, The Flash, Gotham, Jane The Virgin e Once Upon a Time. Hoje, para organizar minhas séries e otimizar meu tempo – pois assisto tudo durante as refeições e finais de semana – conto com um aplicativo que gerencia as séries que vejo, marca episódios assistidos e me avisa quando vão passar os próximos”, afirma.





Outro caso de amor por séries é de Tázia, que acompanha 60 séries ao mesmo tempo, e não tem como negar o perfil seriador: “Quando falo quantas séries acompanho é difícil as pessoas acreditarem porque é um número surreal (rs). Esse período é o mais 'apertado do ano' porque estamos na 'fall season' quando a maioria dos canais abertos transmitem suas séries de 22 episódios, então tem dias que preciso ver 10 episódios para não me atrasar no calendário e não deixar acumular. Sempre digo que consigo dar conta e estou constantemente em dias porque as séries não são todas transmitidas na mesma season e a insônia dá uma mãozinha. Eu tenho vida social viu?”, declara aos risos.


Tanto Akemi, como Gildenilson e Tázia concordam que o formato de séries é muito envolvente: “As pessoas adoram ver outras realidades e conseguem se identificar com situações e se envolvem com elas, aponta Gildenilson. Já Akemi fala que “as séries são brutais e não tem um meio termo quando abordam temas como relacionamentos, bondade ou maldade de algum personagem.” Por sua vez, Tázia, enaltece a qualidade das produções: “A TV é uma fábrica de sonhos, e o ser humano é carente de fantasia. Por isso, as séries estão aí para suprir essa carência de forma divertida e acessível. É sensacional acompanhar uma estória bem escrita, melhor explorada (por ter uma duração maior que os filmes), bem dirigida e produzida, que preenche todas as expectativas de um apaixonado pelo gênero.”


Para amplificar o eco que as séries trazem à vida de seus apreciadores, há todo um mercado que movimenta milhões de artigos relacionados, como Dvd’s, bottons, camisetas, suvenirs, pôsteres, livros e games. Segundo o site Época Negócios, os criadores da série The Walking Dead faturaram US$ 157 milhões em publicidade, só no segundo semestre do ano passado. Sem contar os sites, blogs, fanpages, redes sociais e fóruns criados a todo o momento, para discutir o tema, publicar reviews, compartilhar materiais ou simplesmente para demonstrar a paixão de seus aficcionados. Um caso específico é o de Tázia Lima, que escreve para o site “Manicômio Séries”: “É uma delícia fazer o que se gosta não é verdade? Ter meus textos publicados e sentir o carinho dos leitores através dos comentários é mais que recompensador, é fantástico. Eu estou escrevendo reviews de quatro séries atualmente: Sons Of Anarchy (drama, ação), Supernatural (suspense), Person Of Interest (sci-fi, crime, drama) e Two And A Half Men (comédia). Em Janeiro começo a escrever sobre Penny Dreadful (terror). São gêneros bem distintos, com públicos bem diferentes, mas que me retribuem de forma carinhosa igualmente, e isso é gratificante”, disse.

PS: Se você ainda não se descobriu nesse mundo ficcional das séries de TV, segue abaixo um #Top10, sobre palavras que todo bom seriador precisa e deve saber...Divirta-se!

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